"Na ausência da menor possibilidade de melhorar a situação deplorável das Forças Armadas Ucranianas 'no terreno', os anglo-saxões recorreram à táctica de levar a cabo ataques terroristas contra civis", declarou Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, pouco após o país acionar o Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual é membro permanente, por conta dos ataques.
Negociações pela paz comprometidas
"Essa janela de oportunidade para a paz vem sendo perdida pelo Ocidente em diversos momentos. Já há bastante tempo a Rússia tentou negociar a paz e parece que não está sendo ouvida. Os porta-vozes, ministros e até mesmo o presidente Vladimir Putin vêm a imprensa falar sobre o conflito e a possibilidade de negociações, mas parece que estão falando com paredes", criticou.
"A União Europeia está bastante dividida. Isso é um problema, porque é complicado que cheguem a um acordo sobre quem vai apoiar, quem não vai. Muitos não estão mais por ser muito custoso para o bloco. E esse conflito pode, sim, se espraiar para a região em algum momento, porque com mais um ataque indiscriminado à Rússia, ninguém garante que em algum momento ela não retalie", afirma.
Repercussões geopolíticas no continente
"A região de Belgorod fica próxima da fronteira com a Ucrânia. Então, é um ponto também importante ali de convergência, e, certamente, haverá um desdobramento, não só nas reações russas, mas também nessa discussão que vai ser travada no âmbito das Nações Unidas. É mais um capítulo triste do conflito", declarou.