Steffen Hebestreit, principal porta-voz do chanceler Olaf Scholz, confirmou a aprovação na conferência de imprensa regular do governo, nesta quarta-feira (10), na capital alemã, segundo a agência Bloomberg.
O país europeu interrompeu as entregas de armas ao país do Oriente Médio no final de 2018, devido ao seu envolvimento no conflito no Iêmen e no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, mas está agora invertendo essa política para recompensar o governo saudita pelo seu recente apoio a Israel, escreve a mídia.
Em sua viagem a Israel e à Cisjordânia no domingo (7), a chanceler alemã, Annalena Baerbock, também comentou as entregas de armas a Riad, relatou a revista alemã Der Spiegel.
"Ao interceptar foguetes disparados contra Israel pelos houthis, a Arábia Saudita está contribuindo para a segurança de Israel e prevenindo uma conflagração na região. Não vemos o governo alemão se opondo às considerações britânicas de mais Eurofighters para a Arábia Saudita. O mundo, especialmente aqui no Oriente Médio, tornou-se um lugar completamente diferente desde 7 de outubro", disse a chefe da diplomacia alemã, citada pela mídia.
Os Eurofighters são fabricados no Reino Unido, e o país há muito deseja entregar os jatos à Arábia Saudita. Mas isso requer a aprovação de Berlim, visto que os caças são um projeto conjunto, tendo a Alemanha o direito de vetar decisões de exportação.
Os mísseis IRIS-T são fabricados no âmbito de um projeto conjunto entre companhias alemãs, assim como empresas da Grécia, Noruega, Itália, Espanha e Suécia. A Diehl Defense, da Alemanha, é a fabricante principal.
A administração Scholz também aprovou as seguintes entregas de armas, segundo a mídia: um submarino adicional da Thyssenkrupp Marine Systems para Israel; três navios caçadores de minas dos estoques das Forças Armadas alemãs para o Paquistão; e 300 armas antitanque RGW 90, lançadas pelo ombro, no valor de cerca de € 1,9 milhão (R$ 9,3 milhões) para a Geórgia.