O PLD é o maior partido do Japão, ficando no poder quase continuamente após a Segunda Guerra Mundial. Internamente, o partido é regido por diferentes facções, a maioria das quais consegue traçar sua origem às fundações do partido.
O maior bloco do partido, Seiwakai, também conhecido como facção Abe por, anteriormente, ter sido liderado pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, e a Shisuikai, liderada pelo ex-secretário-geral Toshihiro Nikai, fizeram anúncios formais nesta sexta-feira (19) de que vão deixar de existir como grupos políticos.
A facção Kochikai, liderada pelo atual primeiro-ministro Fumio Kishida, também anunciou a sua dissolução. Lutando para se manter no poder, Kishida fez um expurgo de sua administração, removendo grandes nomes do partido envolvidos nas denúncias.
A notícia vem em meio a um escândalo de caixa dois descoberto no final do ano passado a partir da investigação da Procuradoria de Tóquio. Acredita-se que legisladores do partido tenham recebido cerca de 500 milhões de ienes (R$ 16 milhões) entre os anos de 2018 e 2022.