Os ministros trataram de questões econômico-comerciais, de segurança na Faixa de Gaza e na Ucrânia, sobre as mudanças do clima e a facilitação do trânsito de pessoas. "A China é o maior parceiro comercial do Brasil, destino de 30% das exportações brasileiras e grande investidor no país", destacou o Itamaraty.
Também foi lançado o logotipo elaborado conjuntamente para celebrar a comemoração dos 50 anos das relações diplomáticas sino-brasileiras.
"Lançamos o símbolo do aniversário de 50 anos das relações diplomáticas, que será comemorado em 15 de agosto. Esse importante marco ensejará uma série de eventos políticos, acadêmicos e culturais, promovidos conjuntamente por China e Brasil ao longo de 2024", declarou Vieira.
Mauro Vieira também reforçou com o chanceler chinês a defesa da política de Uma Só China. Não se trata de uma nova diretriz do governo brasileiro, mas a declaração tem peso por ser concedida dias após eleição em Taiwan, região chinesa que vem buscando mais autonomia com apoio dos Estados Unidos.
"Reitero o apoio histórico, consistente e inequívoco do Brasil ao princípio de uma só China, conforme declaração adotada pelos dois presidentes [Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping]", disse o ministro brasileiro.
O chanceler chinês, que ainda será recebido por Lula hoje (19), avaliou que as relações entre os dois países chegarão a um novo nível e que as nações devem "caminhar de mãos dadas".
"Todas as instituições do Brasil têm uma posição voltada a Uma Só China", declarou Wang Yi.
Também foi acordado um novo prazo para vistos entre os países. Quando entrar em vigor, o acordo permitirá que as autoridades consulares dos dois países concedam vistos de até dez anos de validade, dobrando o prazo máximo de concessão atual.
"A iniciativa facilitará as viagens, a promoção de negócios e impulsionará o turismo entre os países", diz a chancelaria brasileira, acrescentando que, em 2023, mais de 37 mil chineses visitaram o Brasil.
O Brasil segue o princípio da reciprocidade na concessão de vistos. Isso significa que só há isenção do documento se o outro país fizer o mesmo.