A maioria dos tanques Leopard 2, enviados pela Alemanha à Ucrânia, foi danificada em combates com as forças russas, sendo que mais de 25% do total foi completamente destruído para além da capacidade de reparo das forças ucranianas.
A informação é da revista norte-americana Military Watch, com base em dados divulgados em um artigo publicado pela revista Foreign Affairs.
"Dos menos de 100 Leopards 2 em serviço na Ucrânia, pelo menos 26 foram destruídos. Outros não podem ser utilizados devido a problemas de reparação e manutenção", diz a revista.
O texto acrescenta que os tanques provaram ser "armas dificilmente invulneráveis" e ressalta que o desempenho das forças ucranianas fornece "poucas evidências de que tanques melhores teriam sido decisivos".
O artigo afirma que os tanques M1 Abrams, fornecidos ao regime de Kiev pelos Estados Unidos, foram retirados do front para servirem de reforço para o Exército ucraniano, de forma a resistir aos ataques com drones das forças russas.
O texto ainda aponta que há evidências de que os Estados Unidos atrasaram deliberadamente a entrega dos tanques até que a ofensiva de verão ucraniana perdesse força.
A ideia era garantir que os veículos militares não seriam destacados para a frente de combate, como ocorreu com os Leopard 2, para evitar danos à reputação de seu setor de defesa por conta da destruição de um de seus produtos mais icônicos.
O artigo da Foreign Affairs vai ao encontro de outro texto publicado em novembro pela revista Forbes, que alertou que o Exército ucraniano já tinha perdido "um quarto dos seus melhores tanques fabricados na Alemanha".
O desempenho fraco dos tanques Leopard 2 já vinha sendo especulado por conta da experiência do Exército turco com o equipamento durante combates contra militantes do grupo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). Na ocasião, oficiais turcos se queixaram de ter sofrido uma derrota traumática contra milícias com armas relativamente leves.