Na Etiópia, o presidente se encontrará com António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o jornal O Globo, a situação na Faixa de Gaza e a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas estão entre os principais assuntos da conversa.
A mídia ressalta que a crise humanitária em Gaza tomará parte da agenda do petista em outras duas importantes reuniões bilaterais: no dia 15, em uma reunião com o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, e em 16 ou 17, na Etiópia, com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Desde o início da crise, em outubro do ano passado, o Brasil defende uma solução negociada para o cessar-fogo, a soltura dos reféns e a criação de condições para garantir ajuda humanitária às pessoas que estão na zona de conflito.
Contudo, o roteiro das visitas de Lula ao Egito e à Etiópia ainda está sendo fechado pelo Itamaraty e o Palácio do Planalto, escreve o jornal.
A ideia central é a "busca por protagonismo" nessa nova viagem ao continente africano e fortalecer alianças para impulsionar pautas no G20 — organização que o Brasil ocupa atualmente a presidência rotativa.
Lula vai defender uma frente mundial contra a fome, prevista na agenda que tem sido levada pelo Brasil nos fóruns internacionais. A União Africana, que reúne os 54 países da região, tornou-se membro permanente do G20 em 2023 com a ajuda do Brasil.
Segundo interlocutores do governo ouvidos pela mídia, com essa iniciativa política de fortalecimento das relações com os africanos, o Brasil também pretende voltar a ocupar um espaço que hoje está loteado entre China, Rússia, Estados Unidos, Turquia, França e outros países europeus.