Panorama internacional

Israel se retira das negociações de paz no Egito por exigências 'delirantes' do Hamas

Premiê israelense se recusou a enviar uma delegação ao Cairo amanhã (15), argumentando que não há sentido em fazê-lo até que o Hamas diminua as suas exigências relativas à libertação de um grande número de prisioneiros palestinos.
Sputnik
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, optou por não enviar mais delegações ao Cairo para diálogos que buscavam um cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza. Netanyahu rejeitou mais uma vez as exigências do grupo, classificando-as como "ilusórias".

"No Cairo, Israel não recebeu nenhuma nova proposta do Hamas para a libertação dos nossos reféns […], [e] insiste que Israel não se submeterá às exigências delirantes do Hamas. Uma mudança nas posições do Hamas permitirá o progresso nas negociações", afirma o comunicado citado pelo The Times of Israel.

O grupo insistiu na retirada total das Forças de Defesa de Israel (FDI) de Gaza em troca da libertação de reféns, algo que Netanyahu descartou categoricamente.
O Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos israelense reagiu de forma contundente à notícia, dizendo que era uma sentença de morte para os reféns restantes em Gaza.
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A decisão do premiê acontece em meio à preparação das FDI para realizar uma operação terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde cerca de 1,4 milhão de palestinos foram buscar abrigo após terem que deixar suas casas.
A ação, que parece iminente pelo posicionamento de Tel Aviv, está sendo amplamente criticada, inclusive pelos que apoiaram Israel até agora, como países da União Europeia.
Também nesta quarta-feira (14), o gabinete do presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou em um comunicado que Macron, em telefonema com Netanyahu, expressou a sua firme oposição a uma possível ofensiva militar das FDI em Rafah: "Isso só poderia levar a uma catástrofe humanitária de nova magnitude […]", diz a nota.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, desembarcou hoje em Israel. Seu gabinete disse no início desta semana que ela pressionará por um cessar-fogo.
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Ontem (13), o Itamaraty divulgou uma nota alertando para os riscos da operação terrestre em Rafah. A chancelaria brasileira considera que, "se levada a cabo", a ação implicará em "graves consequências".
"Estima-se que 80% dos habitantes de Gaza tenham sido obrigados a deixar suas casas, e a maioria deles na direção de Rafah, indicada inicialmente como área segura pelas autoridades israelenses", relembrou o Ministério das Relações Exteriores na nota.
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