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Pedido de abertura de impeachment de Lula por crise com Israel já passa de 90 assinaturas na Câmara

Em meio ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (18), durante agenda na África, quando comparou a guerra provocada por Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, a reação da oposição no país foi imediata. Na Câmara, parlamentares começaram a se movimentar para pressionar pela abertura de um processo de impeachment.
Sputnik
Liderado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o pedido de abertura de impeachment contra o presidente Lula na Câmara já conta com 91 assinaturas. É o que informou a parlamentar no fim da tarde desta segunda-feira (19) na rede social X.

"Mais uma manobra diplomática gravíssima de Lula contra o Brasil, mais uma vez contra a vítima. Esta nova ação de Lula, após seu ataque imperdoável rechaçado pelo Estado de Israel, [...] pode romper definitivamente as relações diplomáticas históricas entre o único país democrático do Oriente Médio e o Brasil", disse a parlamentar.

A deputada ainda falou sobre o chamamento para consulta pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. "Agindo dessa forma, o próximo passo seria tentar retirar os direitos diplomáticos de Daniel Zonshine, embaixador de Israel no Brasil. Se lula assim o fizer, o que não será surpresa neste ponto, ele estará abrindo definitivamente o caminho para o terrorismo entrar no Brasil", declarou.
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Crise diplomática com Israel: Lula convoca embaixador do Brasil em Tel Aviv

Crise diplomática entre Brasil e Israel

Ainda na manhã desta segunda, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse que o país classificou o presidente Lula como "persona non grata" em Israel por conta da declaração do presidente comparando a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto. "Não esqueceremos e não perdoaremos. Esse é um grave ataque antissemita. Em meu nome e em nome dos cidadãos do Estado de Israel, informe ao presidente Lula que ele é uma personalidade indesejada em Israel até que se retrate", disse.
Na sequência, Lula convocou o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, de volta para consultas. A crise diplomática começou no domingo (18), durante uma coletiva na Etiópia concedida no âmbito da visita à União Africana, quando Lula criticou as ações de Israel na Faixa de Gaza afirmando que "o que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio".

"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o presidente. O conflito já provocou a morte de mais de 28 mil palestinos na Faixa de Gaza.

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