A carta, redigida em tom contundente, acusava a CIA de hipocrisia, salientando que os Estados Unidos investem recursos significativos na coleta de inteligência na China, enquanto critica os esforços de contraespionagem chineses.
O artigo se refere à renovada lei antiespionagem chinesa aprovada pelo Congresso Nacional do Povo em 2023, que atraiu críticas de autoridades norte-americanas. A China afirma que a legislação é necessária para proteger o país da espionagem à medida que se torna uma grande potência mundial.
Argumentos da China
A China argumenta que os EUA lançaram operações de inteligência contra o país, intensificando sua espionagem e, ao mesmo tempo, criticam as medidas chinesas de contraespionagem como se fossem ilegítimas.
"Você pode fazer algo pela inteligência, enquanto eu não farei nada contra a espionagem?", afirmou em um trecho da postagem.
A China descobriu e se infiltrou na rede de espionagem da CIA no país há mais de dez anos, levando a dezenas de processos. No entanto, a agência de inteligência dos EUA se vangloriou de ter reconstruído rapidamente seus esforços na China nos anos seguintes.
Aumento do foco na China
O diretor da CIA, William Burns, afirmou recentemente em um artigo publicado na mídia americana que a agência duplicou a porcentagem do seu orçamento dedicada à China.
Burns supostamente ordenou que todas as divisões da CIA contribuíssem para seus esforços anti-China, escrevendo sobre os "desafios geopolíticos assustadores" da ascensão da China no mundo, "no qual os Estados Unidos não desfrutam mais de primazia".
O decreto levou ao aumento drástico na contratação de falantes de mandarim em toda a agência.
China reage
O Ministério da Segurança do Estado chinês afirmou que a campanha anti-China da CIA representa "outro caso típico de práticas hegemônicas, dominadoras e intimidadoras dos EUA".
Ele já havia acusado a CIA de promover uma "mentalidade de Guerra Fria" contra o país. O Centro de Missão da CIA na China é a única divisão da agência criada para atacar um país específico.
A narrativa anti-China invadiu a mídia ocidental nos últimos anos, à medida que o país se estabeleceu como a maior economia do mundo em paridade de poder de compra (PPC). Recentemente, a mídia ocidental foi forçada a admitir que as acusações sobre o sistema de crédito social supostamente "orwelliano" (autoritário) da China são, em sua maioria, exageradas ou fabricadas.