"Não estamos de acordo", afirmou, quando perguntada sobre a posição de Madrid. Segundo ela, é preciso acelerar a entrega de armas a Kiev, que tem visto uma redução drástica de munições.
O presidente da França, Emmanuel Macron, comentou anteriormente que os líderes dos países ocidentais haviam debatido a possibilidade do envio de militares à Ucrânia. Ele admitiu que não havia consenso sobre o assunto, mas que a situação poderia mudar.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, voltou a descartar a hipótese, assim como Polônia e República Tcheca. Questionados sobre os comentários de Macron, o primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, e o seu homólogo polonês, Donald Tusk, disseram que o envio de soldados não seria uma opção.
No dia anterior, o primeiro ministro da Eslováquia, Robert Fico, também declarou que o envio de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia só levaria a uma escalada do conflito. Ele também comentou que seu país não daria esse passo.
Segundo o líder francês, o importante foi "mostrar à Rússia que o apoio ocidental à Ucrânia não acabará".
A Rússia mantém desde 24 de fevereiro de 2022 uma operação militar especial na Ucrânia, cujos objetivos, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, são proteger a população de um "genocídio por parte de Kiev" e atacar os riscos à segurança nacional representados pelo avanço da OTAN para o leste.
Moscou tem alertado frequentemente que a OTAN está "brincando com fogo" ao enviar armas para a Ucrânia e que cargas contendo qualquer equipamento militar seriam consideradas "alvos legítimos" para o Exército russo.
Estados Unidos e OTAN, segundo o chanceler russo, Sergei Lavrov, participam diretamente no conflito na Ucrânia — não apenas com envio de armas, como também mediante treinamento de pessoal no Reino Unido, na Alemanha, na Itália e em outros países.