Valtersson comentou a divulgação de uma conversa entre representantes militares alemães, na qual discutiram um ataque à ponte russa na Crimeia com mísseis Taurus.
"É uma evidência concreta do envolvimento direto do Ocidente no planejamento das operações militares ucranianas. Muitos já suspeitavam disso, mas agora temos provas", declarou Mikael.
O impacto dessas revelações está alterando a percepção do conflito por parte dos ocidentais, que inicialmente viam o embate como Rússia contra Ucrânia. Agora há uma nova compreensão de que se trata de Rússia contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), destacando a complexidade das dinâmicas em jogo.
"Muitos automaticamente apoiam a parte mais fraca nos conflitos. E se o conflito for visto como uma luta existencial da Rússia contra todo o poder do Ocidente, isso fortalecerá o apoio à Rússia no mundo", ressalta Valtersson.
A transcrição vazada de uma conversa entre representantes da Bundeswehr, publicada on-line pela editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, da qual a Sputnik faz parte, Margarita Simonyan, sugere o envolvimento dos militares alemães no conflito, contradizendo as declarações do chanceler alemão, Olaf Scholz. Scholz afirmou anteriormente que não desejava a presença militar alemã na Ucrânia ou maior envolvimento do país no conflito, levantando questões sobre a coerência das ações alemãs no cenário internacional.
Valtersson destaca a aparente contradição entre as afirmações de Scholz e a situação exposta pela recente gravação. Essa discrepância levanta questionamentos sobre a transparência das políticas internacionais envolvendo a crise ucraniana e reforça a necessidade de uma análise mais aprofundada das ações dos países ocidentais na região.