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Lula mostra 'otimismo' com acordo Mercosul-União Europeia e rechaça dependência de voto francês

No ano passado, quando Brasil e Espanha compartilhavam as presidências do Mercosul e da União Europeia (UE), o acordo discutido há mais de 20 anos entre os blocos por pouco finalmente não saiu do papel se não fosse a França. Por conta de protestos internos do setor agrícola, o governo de Emmanuel Macron voltou a travar o andamento das negociações.
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Porém, durante a agenda com o presidente espanhol Pedro Sánchez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que as discussões para fechar o acordo de livre-comércio entre UE e Mercosul não regrediram nenhum milímetro, mesmo com os impasses do bloco com a França.

"Acho que há um equívoco, não voltamos para trás. Nunca avançamos tanto como avançamos [no ano passado]. O Brasil se preparou e as dificuldades que tinham foram acertadas. Estamos prontos para firmar o acordo. O que acontece é que não é de hoje que a França traz problemas com seus produtores agrícolas. A minha tranquilidade é que a União Europeia não depende do voto da França para fazer o acordo, tem procuração [a União Europeia para assinar] e a França pode não gostar, isso faz parte. Mas lamentei profundamente que quando eu era presidente do Mercosul e o Sánchez da União Europeia, não assinamos", disse Lula.

Apesar disso, Lula declarou que ainda segue otimista e que o tratado será assinado entre os dois blocos. "A União Europeia precisa desse acordo, o Mercosul precisa desse acordo. Vamos dar um sinal para o mundo que queremos andar para frente", afirmou.
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Na sequência, o presidente espanhol afirmou que concorda com Lula e que a Europa aprendeu a lição de que é preciso encontrar novos parceiros e diversificar aliados ao redor do globo.

"E ao mesmo tempo trabalhamos com nossas equipes para avançar no acordo. Do ponto de vista geopolítico, seria ótimo ter esse acordo. Não somos o problema [a Espanha], e vamos trabalhar juntos para atingir esse acordo. Seria criada a maior área de intercâmbio comercial do mundo; são duas regiões com visões interessantes para resolver os desafios globais", afirmou.

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