As declarações foram feitas durante a
entrevista com o diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte, Dmitry Kiselev.
Putin respondeu ao anúncio de que os EUA não enviariam tropas à Ucrânia, afirmando que a Rússia não subestimaria a gravidade de tal ação.
Putin destacou que Washington entende a posição da Rússia sobre este assunto. As
tensões entre a Rússia e o Ocidente vêm aumentando desde 2014 e os EUA e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)
têm apoiado Kiev.
Putin, na entrevista, também não descartou a possibilidade de a Rússia realizar testes nucleares se os EUA o fizerem. "Se eles realizarem tais testes, não excluo, não é obrigatório, se precisarmos disso, não precisamos, ainda temos que pensar, mas não excluo que possamos fazer o mesmo."
Ele especificou que as forças russas estão preparadas para uma guerra nuclear: "Do ponto de vista militar, é claro que estamos prontos. Nossas forças estão constantemente em estado de prontidão."
Ele destacou que existe um tratado proibindo testes desse tipo. Os americanos não ratificaram o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), e a Rússia retirou sua ratificação para manter a paridade, lembrou o presidente russo.
No entanto, ele acrescentou que nos EUA está sendo considerada a possibilidade de realizar tais testes. "Isso está relacionado ao fato de que, quando surgem novas ogivas, alguns especialistas acreditam que não é suficiente testá-las apenas no computador, elas precisam ser testadas em condições reais."
O tratado multilateral foi adotado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 10 de setembro de 1996, com o objetivo de prevenir a proliferação de armas nucleares em todos os seus aspectos.
Em 2 de novembro de 2023, o líder russo assinou a lei pela qual a Rússia retira sua ratificação do CTBT.