Sentindo necessidade de aumentar o número de soldados, o país europeu pretende tomar novas medidas para conseguir elevar o seu contingente utilizando o recrutamento de mulheres e o prolongamento da duração do referido serviço de quatro para 11 meses — para ambos os sexos.
"Um recrutamento mais forte, incluindo a plena igualdade de gênero, deve contribuir para resolver os desafios da defesa, da mobilização nacional e do efetivo das nossas Forças Armadas", disse o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, citado pelo Politico.
Na Dinamarca, o serviço militar obrigatório se aplica aos homens com mais de 18 anos de idade. No entanto, como há voluntários suficientes, nem todos são recrutados. Em vez disso, é realizada uma loteria.
Atualmente, o Exército dinamarquês tem um contingente entre 7 mil e 9 mil soldados, sem contar os recrutas em formação básica, segundo dados do governo.
De acordo com a primeira-ministra, Mette Frederiksen, a intenção é alcançar a igualdade de gênero no ambiente militar. Se conseguirem isso, as autoridades estimam que as Forças Armadas terão mais de 5 mil novos recrutas.
Copenhague também anunciou que vai aumentar as suas despesas com a defesa em US$ 5,9 bilhões (R$ 29,3 bilhões) durante um período de cinco anos, ultrapassando assim a meta de despesas estabelecida pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de 2% do produto interno bruto (PIB) a partir deste ano.
A nação europeia, disseram as autoridades, dará ênfase especial aos investimentos em sistemas de defesa aérea e numa brigada de infantaria de até 6 mil soldados até 2028.
A decisão dinamarquesa acontece em um momento que a Europa tem planos para fortalecer os seus exércitos e a sua segurança, independentemente do apoio que recebam dos Estados Unidos.