"A França jamais tomará a iniciativa de ações militares na Ucrânia", disse Macron. Ao mesmo tempo, contudo, o presidente francês afirmou que não poderia excluir opções.
Apesar de negar um possível envolvimento ativo da França no conflito ucraniano e afirmar que o país não iniciará uma guerra, Macron lembrou que os confrontos na Ucrânia estão se desenrolando sobre o solo europeu. E o conflito seria "existencial" para a "nossa Europa e a França".
Uma vitória russa, disse o francês, "reduziria a credibilidade da Europa para zero". O caminho para a paz não passa pela rendição de Kiev, segundo Macron, e por isso a Europa deve continuar fazendo sacrifícios para apoiar a Ucrânia, que, como reconheceu, está em uma situação muito difícil no conflito.
A Rússia dá continuidade a uma operação militar especial na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022, cujos objetivos, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, são proteger parte da população de "um genocídio do regime de Kiev" e enfrentar os riscos à segurança nacional, representados pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste.
Em dezembro passado, Putin afirmou que a operação continuaria até que a Rússia conseguisse a desnazificação, a desmilitarização e a neutralidade da Ucrânia.
A Ucrânia lançou uma contraofensiva em 4 de junho, enviando para a frente brigadas treinadas pela Aliança Atlântica e equipamento militar ocidental. Três meses depois, no entanto, Putin confirmou que a chamada contraofensiva foi "um fracasso retumbante".