O movimento é resultado de uma decisão da Suprema Corte dos EUA. O tribunal estava impedindo a entrada em vigor da lei com uma suspensão indefinida emitida na segunda-feira (18), que foi anulada pela ordem desta terça-feira.
Implementação
Em dezembro do ano passado, o governador do estado americano do Texas, Greg Abbott, assinou a lei que confere à polícia estadual o poder de deter imigrantes que entram ilegalmente nos Estados Unidos. Dessa forma, qualquer agente poderá deter suspeitos de tal ação.
Segundo o projeto aprovado, uma vez sob custódia, eles podem concordar em cumprir uma ordem de um juiz estadual e deixar os EUA ou enfrentar acusações criminais por entrada ilegal, caso optem por permanecer.
A decisão é considerada capítulo importante entre os estados e a política federal de imigração no território estadunidense.
O governador, que assinou a lei em frente a um trecho do muro fronteiriço em Brownsville, pretende que exista redução no número de travessias não legalizadas.
A iniciativa, vista como a mais radical desde a polêmica lei do Arizona em 2010 — conhecida como "Mostre-me os seus documentos" —, pode enfrentar contestações legais, uma vez que a aplicação das leis de imigração é geralmente considerada de jurisdição federal.
Os republicanos do Texas, descontentes com a administração do presidente americano, Joe Biden, em relação à fronteira, têm desafiado cada vez mais a autoridade federal sobre a imigração.
Desde agosto de 2022, o Texas transportou mais de 65 mil migrantes para outras cidades do país e instalou arame farpado ao longo das margens do rio Grande.
Em resposta ao aumento das chegadas à fronteira, o governo federal fechou temporariamente duas passagens de fronteira ferroviárias no Texas, prejudicando o comércio antes do Natal.