O presidente russo Vladimir Putin, em uma entrevista ao canal russo Rossiya, classificou o bombardeio da Iugoslávia de 1999 como uma enorme tragédia.
"A tragédia é enorme. O que o Ocidente fez é absolutamente inaceitável. Sem qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU, eles iniciaram diretamente uma ação militar, uma guerra, de fato, no centro da Europa", disse Putin.
Em 1999, um confronto armado entre separatistas albaneses do Exército de Libertação do Kosovo e as forças de segurança sérvias levou a OTAN a bombardear a Iugoslávia (então composta pela Sérvia e Montenegro).
A operação militar foi realizada sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, com base na alegação dos países ocidentais de que as autoridades da Iugoslávia supostamente realizavam uma limpeza étnica na autonomia kosovar e provocaram uma catástrofe humanitária no local. Os ataques aéreos da Organização do Tratado do Atlântico Norte aconteceram de 24 de março a 10 de junho de 1999.
Os bombardeios da OTAN causaram mais de 2.500 mortes, incluindo 87 crianças, US$ 100 bilhões (R$ 500,24 bilhões, na conversão atual) em danos, e os especialistas médicos documentaram os efeitos de bombas de urânio empobrecido, que levou a um aumento de casos de câncer.