Musk afirmou que a situação no Brasil com relação ao X (antigo Twitter) apresenta "algumas preocupações sérias". Em sua visão, "as pessoas que foram eleitas" para o Senado e para a Câmara dos Deputados deveriam ter "muito mais autoridade do que elas têm".
"Nossa preocupação no X é que estamos sendo ordenados pela Justiça a fazer coisas que são ilegais", afirmou. Segundo o empresário, receber um pedido, feito "por um juiz", que "diretamente viola a lei" é "estranho", disse Musk citado pelo Poder 360.
Segundo Musk, a empresa está tentando lidar com a situação de uma forma "que não prejudique os funcionários do X" no Brasil.
"Nós não queremos os colocar em perigo. Então, estamos tentando os colocar em segurança antes de fazer qualquer coisa", acrescentou, sem detalhar o que estaria sendo feito.
Um dos participantes da transmissão questionou se Musk estaria em contato com as autoridades do Brasil e se houve alguma tentativa de banir a rede social do país.
O empresário respondeu que existiram ameaças, tanto para a retirada da plataforma quanto de prender funcionários: "Eu não sei se essas ameaças vão se cumprir ou não. Mas, julgando por outros [casos], eu acho que elas são reais", disse.
Allan dos Santos
O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, fundador do portal Terça Livre, fez uma breve live em sua conta no X (antigo Twitter) na noite do último domingo (7). Embora tenha os perfis pessoais e profissionais na plataforma suspensos, por ordem do Supremo Tribunal Eleitoral (STF), ele conseguiu realizar a transmissão no X.
Em outubro de 2021, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva do blogueiro. Ele era investigado pela Polícia Federal no caso das milícias digitais, aberto para desmontar um grupo organizado que atenta contra a democracia.
No domingo, Moraes incluiu o nome de Elon Musk como um dos investigados no inquérito das milícias digitais após o retorno da conta do blogueiro.