Essa atitude é contestada pela Rússia, que faz fronteira com os norte-americanos no estreito de Bering, e pela China, concorrente na exploração dos minerais presentes na região. Moscou já afirmou que não reconhece os novos limites traçados por Washington.
O que está por trás dessa expansão arbitrária? A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês) tem força para frear o expansionismo estadunidense, ainda que os EUA não participem dela? Como esse monopólio pode prejudicar outros países? O Conselho do Ártico pode atuar nessa disputa? Para analisar esse cenário, Melina Saad e Marcelo Castilho entrevistam Victor Gaspar Filho, editor do Boletim Geocorrente e doutorando do Programa de Pós-Graduação de Estudos Marítimos (PPGEM), da Escola de Guerra Naval (EGN); e Pedro Allemand Mancebo Silva, pesquisador de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).