"Claro que estamos fazendo todos os esforços para identificar os atores, patrocinadores e inspiradores ideológicos deste ato terrorista e vamos levá-los à Justiça. Eles serão punidos. Mas já neste ato terrorista a pegada ucraniana é óbvia", observou o procurador-geral russo, que se encontra na capital venezuelana, Caracas, com o ministro do Interior, Justiça e Paz, Remigio Ceballos.
Krasnov acrescentou que o ataque ao Crocus City Hall é consequência de "dois pesos e duas medidas na luta contra o crime".
Em 22 de março, homens armados atiraram contra uma multidão reunida para um show no Crocus City Hall, na região de Moscou. O local ainda foi tomado por um incêndio ocasionado pelos terroristas. Segundo os últimos dados oficiais, 145 pessoas morreram e mais de 550 ficaram feridas naquela noite.
Até agora, 19 suspeitos foram presos na Rússia, incluindo os quatro agressores que abriram fogo. Já foi aplicada medida cautelar sob a forma de prisão preventiva a 11 deles, que correm o risco de prisão perpétua.
Além disso, nove pessoas foram presas no Tajiquistão, suspeitas de ter ligações com os autores do ataque.
O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu que o ataque foi obra de um grupo islâmico radical — que assumiu a autoria do ataque —, mas afirmou que poderia ser um elo em uma cadeia de operações levadas a cabo contra a Rússia desde 2014 "pelas mãos do regime neonazista de Kiev".
Segundo o Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo), após o ataque os terroristas tentaram fugir em direção à fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. A Ucrânia, por sua vez, negou categoricamente qualquer envolvimento no ataque.