Panorama internacional

Presidente das Filipinas rejeita proposta de uso de canhões de água contra navios chineses

O presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. recusou nesta segunda-feira (6) uma proposta para equipar os navios da Guarda Costeira do país com canhões de água como meio de defesa contra as supostas perseguições de Pequim no mar do Sul da China.
Sputnik
A ideia foi apresentada pelo líder da minoria no Senado filipino, Koko Pimentel, na semana passada, após um novo incidente em que Pequim usou canhões de água contra navios filipinos, informou o site de notícias Rappler.

"Não [...], não temos intenção de atacar ninguém com canhões de água ou qualquer outra ofensiva desse tipo", disse Marcos, respondendo a perguntas sobre a proposta, segundo a apuração.

O presidente acrescentou que as Filipinas "não seguirão a Guarda Costeira chinesa e os navios chineses" ao equipar a sua frota com canhões de água.
"Não é missão da nossa Marinha, da nossa Guarda Costeira iniciar ou aumentar as tensões. A missão delas é justamente a oposta, é diminuir as tensões", acrescentou Marcos.
Panorama internacional
Guarda Costeira da China expulsa navios filipinos com canhões de água em área disputada (VÍDEO)
Na última terça-feira (30), dois navios filipinos entraram nas águas do atol de Scarborough, reivindicado pelas Filipinas e pela China. As autoridades filipinas afirmaram que a Guarda Costeira da China assediou os navios e os danificou disparando canhões de água. A entidade chinesa disse que os navios ignoraram repetidos avisos do lado chinês.
A China tem estado envolvida em disputas de décadas com vários países da Ásia-Pacífico, incluindo as Filipinas, sobre a afiliação territorial de uma série de ilhas e recifes no mar do Sul da China. Em julho de 2016, na sequência de uma ação judicial movida pelas Filipinas, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu que a China não tem motivos para reivindicações territoriais na região. O tribunal decidiu que as ilhas não são território disputado e não constituem uma zona econômica exclusiva. Pequim não reconheceu nem aceitou a decisão.
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