A ideia foi apresentada pelo líder da minoria no Senado filipino, Koko Pimentel, na semana passada, após um novo incidente em que Pequim usou canhões de água contra navios filipinos, informou o site de notícias Rappler.
"Não [...], não temos intenção de atacar ninguém com canhões de água ou qualquer outra ofensiva desse tipo", disse Marcos, respondendo a perguntas sobre a proposta, segundo a apuração.
O presidente acrescentou que as Filipinas "não seguirão a Guarda Costeira chinesa e os navios chineses" ao equipar a sua frota com canhões de água.
"Não é missão da nossa Marinha, da nossa Guarda Costeira iniciar ou aumentar as tensões. A missão delas é justamente a oposta, é diminuir as tensões", acrescentou Marcos.
Na última terça-feira (30), dois navios filipinos entraram nas águas do atol de Scarborough, reivindicado pelas Filipinas e pela China. As autoridades filipinas afirmaram que a Guarda Costeira da China assediou os navios e os danificou disparando canhões de água. A entidade chinesa disse que os navios ignoraram repetidos avisos do lado chinês.
A China tem estado envolvida em disputas de décadas com vários países da Ásia-Pacífico, incluindo as Filipinas, sobre a afiliação territorial de uma série de ilhas e recifes no mar do Sul da China. Em julho de 2016, na sequência de uma ação judicial movida pelas Filipinas, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu que a China não tem motivos para reivindicações territoriais na região. O tribunal decidiu que as ilhas não são território disputado e não constituem uma zona econômica exclusiva. Pequim não reconheceu nem aceitou a decisão.