Panorama internacional

Trudeau diz que população canadense tem o direito de se declarar sionista

Em meio a protestos pró-Palestina nas universidades do país, primeiro-ministro canadense diz ser "absolutamente inaceitável" que canadenses sejam ameaçados ou assediados por apoiarem o direito dos judeus à autodeterminação na sua "pátria ancestral".
Sputnik
As pessoas deveriam se sentir seguras para se declararem sionistas, sejam elas judias ou não. É o que declarou nesta segunda-feira (6) o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, durante uma cerimônia para marcar o Dia em Memória do Holocausto, realizada no Monumento Nacional do Holocausto, em Ottawa.

"Deixe-me ser claro. Em um país como o Canadá, deveria e deve ser seguro declarar-se sionista, [sendo] judeu ou não. Sionismo não é um palavrão ou algo com que alguém deva ser alvo por concordar", disse Trudeau.

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Segundo o primeiro-ministro canadense, declarar-se sionista equivale simplesmente a acreditar que os judeus, como qualquer outra pessoa, têm o direito de determinar o seu próprio futuro. Ele caracterizou como "absolutamente inaceitável" que os canadenses sejam ameaçados ou assediados por apoiarem o direito dos judeus à autodeterminação na sua "pátria ancestral".
"Ameaçar, excluir e assediar os canadenses por causa do seu destino, da sua identidade ou porque apoiam o direito do povo judeu à autodeterminação na sua pátria ancestral é absolutamente inaceitável", disse Trudeau.
Ele acrescentou que acredita que ser sionista não impede um forte apoio à criação de um Estado palestino que coexista em paz e segurança com um vizinho israelense.
O apoio do Ocidente a Israel vem provocando reação negativa entre a opinião pública de alguns países, como Estados Unidos e Canadá, sobretudo entre a população jovem. Nos Estados Unidos, protestos universitários pró-Palestina tomaram as universidades, sendo duramente reprimidos pela polícia.
Os protestos extravasaram as fronteiras dos Estados Unidos, eclodindo também em universidades do México e do Canadá. Na semana passada, segundo noticiou a Reuters, o primeiro-ministro de Quebec, François Legault, determinou o desmantelamento de um acampamento pró-Palestina na Universidade McGill. Estudantes de outras universidades canadenses também protestaram exigindo o rompimento das relações do país com Israel.
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