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Líder dos protestos na Armênia diz que país pode iniciar processo de impeachment contra Pashinyan

O chefe da Diocese de Tavush da Igreja Apostólica Armênia, Arcebispo Bagrat Galstanyan, que lidera os protestos contra o governo no país, disse que há possibilidade do Congresso iniciar o processo de impeachment do primeiro-ministro do país, Nikol Pashinyan.
Sputnik
"Vocês sabem que dois partidos da oposição concordaram em iniciar o processo de impeachment. Mas eles têm 35 votos (com 36 necessários). Encontrei-me duas vezes com o deputado independente Ishkhan Zakaryan, e ele não recusou aderir a este processo", disse o arcebispo em um comício em Erevan.
Segundo a liderança, pela primeira vez, é possível afirmar a possibilidade de iniciar o processo de impeachment. "Mas restam duas questões importantes: a nomeação do novo primeiro-ministro e os 18 votos em falta no Parlamento. Em breve, começaremos a resolver essas questões", enfatizou, ao acrescentar que está pronto para assumir qualquer responsabilidade e defendeu um nome que não seja membro de nenhum partido ou grupo.
O líder dos protestos convocou apoiadores para paralisar a capital do país e, segundo ele, estrada que leva à Geórgia já está bloqueada. Galstanyan ainda pontuou a necessidade de um governo de transição de consenso formado por profissionais até a realização de novas eleições.
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Desde o início do mês, protestos ocorrem na Praça da República, em frente ao prédio do governo em Erevan, exigindo a renúncia de Pashinyan e o fim do processo de demarcação da fronteira com o Azerbaijão, com a entrega de uma série de territórios fronteiriços.
Em abril, o Ministério das Relações Exteriores informou que comissões especiais da Armênia e do Azerbaijão haviam concordado preliminarmente em ajustar "a fronteira interrepublicana legalmente fundamentada que existia na época da dissolução da União Soviética".
Em 2022, Erevan e Baku, com a mediação da Rússia, Estados Unidos e União Europeia, começaram a discutir um futuro tratado de paz. No final de maio de 2023, Pashinyan declarou que Erevan estava disposta a reconhecer a soberania do Azerbaijão dentro das fronteiras soviéticas, ou seja, incluindo Karabakh.
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