O líder ucraniano instruiu que "todos os eventos internacionais programados para os próximos dias sejam adiados e novas datas coordenadas", segundo o seu secretário de imprensa, Sergei Nikiforov.
O porta-voz de Zelensky também informou que forças adicionais foram enviadas para a região nordeste da Ucrânia, e que o comandante das Forças Armadas, Aleksandr Syrsky, está no terreno, "tomando todas as decisões com base na situação abrangente", de acordo com a Bloomberg.
"A situação é extremamente difícil. O inimigo está tomando posições nas ruas da cidade de Volchansk", disse hoje Aleksei Kharkovsky, chefe da polícia patrulha de Volchansk.
As tropas ucranianas recuaram para posições "mais vantajosas" em duas áreas da região, incluindo a área em torno da cidade, disseram os militares na noite de terça-feira (14).
Kharkovsky afirmou que a decisão foi "uma consequência do fogo inimigo e da ação de ataque" e foi tomada "para preservar as vidas de nossos militares e evitar perdas", declarou o chefe da polícia, segundo a Reuters.
O porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, Dmitry Lazutkin, disse que "alguns" grupos de infantaria russa entraram na cidade, reporta a agência britânica.
Zelensky adiou todas as suas viagens ao exterior após realizar uma teleconferência diária com importantes líderes militares para discutir a situação em Carcóvia e o fornecimento de armas, disse Nikiforov.
O presidente era esperado na Espanha, para encontro com o primeiro-ministro Pedro Sánchez e o rei Felipe, assim como em Portugal.
O presidente português Marcelo Rebelo de Sousa chegou a fazer uma nota, confirmando que Zelensky tinha aceitado o convite para visitar o país, mas que as duas equipes ainda estavam "trabalhando na data para concretizar tal visita". De acordo com o jornal português Público, o gabinete do presidente ucraniano não deu uma explicação para o adiamento das visitas a Madri e Lisboa.
A deterioração da situação na região de Carcóvia coincidiu com uma visita à capital ucraniana do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o qual admitiu que a Ucrânia vive um "momento muito difícil", conforme noticiado.