A catástrofe humanitária em Rafah não existe e não existirá, disse Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, em meio à ofensiva israelense na região.
"Até agora, em Rafah, quase meio milhão de pessoas foram desalojadas das zonas de combate. A catástrofe humanitária de que se fala não aconteceu e não acontecerá", disse Netanyahu.
O líder israelense garantiu que as Forças de Defesa de seu país continuam lutando em toda a Faixa de Gaza, e não encerrarão suas operações militares no enclave até derrotar completamente o grupo Hamas, mesmo em meio à evacuação de civis e enquanto supostamente cumprem sua obrigação de atender às necessidades humanitárias.
"Hoje, o governo expressou sua oposição à decisão da ONU da semana passada de avançar com o reconhecimento de um Estado palestino. Não recompensaremos o terrível massacre de 7 de outubro [de 2023], apoiado por 80% dos palestinos, tanto em Gaza quanto na Judeia e Samaria. Não permitiremos que eles estabeleçam um Estado terrorista a partir do qual possam nos atacar vigorosamente", concluiu.
Durante meses, vários países e organizações internacionais têm alertado que uma invasão israelense a Rafah levaria a uma crise humanitária, pois há milhões de refugiados palestinos na cidade fronteiriça do sul de Gaza.