Panorama internacional

Diálogo com Putin é 'insubstituível', diz diretor da AIEA

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que pretende continuar as conversas com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre a Central Nuclear de Zaporozhie (ZNPP, na sigla em inglês). O diálogo, diz Grossi, é "insubstituível".
Sputnik
"Obviamente esse foi um diálogo necessário", declarou Rafael Grossi à Sputnik.

"Esse é um diálogo que precisa ser mantido, contém alguns aspectos confidenciais, bem como muitos aspectos importantes, e espero que possa continuar porque é insubstituível."

"Aprecio muito a oportunidade de trocar opiniões com o chefe de Estado sobre um assunto tão sério como a situação na usina nuclear."
A ZNPP está localizada na margem esquerda do rio Dniepre, perto da cidade de Energodar. Em outubro de 2022, a usina nuclear tornou-se propriedade da Rússia.
Essa é a maior central nuclear da Europa em número de unidades e capacidade instalada — possui seis unidades de energia com capacidade aproximada de 1 gigawatt cada.
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No dia 6 de março, o presidente da Rússia reuniu-se em Sochi com o diretor-geral da AIEA. No encontro, Putin observou que a Rússia continua cooperando ativamente com a AIEA em muitas áreas.
Em entrevista à Sputnik, Grossi também destacou o profissionalismo da cooperação entre a agência e a Rússia. "Já disse anteriormente, e repito, que se trata de uma cooperação muito profissional em vários níveis", afirmou.

"Estou em contato constante com o Ministério das Relações Exteriores, com a Rosatom [estatal nuclear russa], com o diretor-geral da Rosatom, sr. [Aleksei] Likhachev, com a agência reguladora nuclear russa [Serviço Federal de Vigilância Ecológica, Tecnológica e Nuclear]."

"Mantemos contato constante e trocamos opiniões sobre […] aspectos técnicos […]."
Uma nova equipe de inspetores da AIEA chegou a Zaporozhie na última quinta-feira (16). Composta por quatro membros, a 19ª equipe terá a tarefa, assim como suas antecessoras, de monitorar e avaliar o estado de segurança operacional e física da instalação.
Anteriormente, Putin chamou a atenção para o fato de que o Ocidente estava fazendo vista grossa aos bombardeios ucranianos contra a usina nuclear. Pelo contrário, noticiavam as falas de Kiev de que os russos estariam atacando o complexo. "Loucura, há tropas russas na estação", disse o presidente na época.
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