Em comunicado, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da ONU que trabalha pelo controle nuclear mundial, informou que 31 países registraram 168 ocorrências em 2023. Pelo menos 6 dos casos estariam relacionados ao tráfico ou ao uso malicioso da substância.
O dados foram divulgados durante a 4ª Conferência Internacional sobre Segurança Nuclear, que acontece de hoje até sexta-feira (24) na capital austríaca, Viena.
"A recorrência de incidentes confirma a necessidade de vigilância e melhoria contínua da supervisão regulatória, para controlar, garantir e dispor adequadamente do material radioativo", disse Elena Buglova, diretora da divisão de segurança nuclear da AIEA.
A maioria dos incidentes não está relacionada ao tráfico ou ao uso malicioso, envolvendo, por exemplo, sucata encontrada contaminada. Ainda segundo o relatório do órgão, houve queda nos incidentes envolvendo material nuclear, como urânio, plutônio e tório, mas materiais perigosos ainda permanecem vulneráveis, especialmente durante o transporte.
Um total de 145 estados informam à AIEA sobre incidentes envolvendo material nuclear ou radioativo perdido, roubado, descartado inadequadamente ou de outra forma negligenciado. Muitas substâncias radioativas são usadas em hospitais, universidades e indústrias em todo o mundo.