A operação foi uma incursão de mercenários venezuelanos e americanos com o objetivo de derrubar o governo de Nicolás Maduro, em 2020.
"Vinte pessoas foram condenadas a 30 anos de prisão pelos crimes de traição à pátria, conspiração com governo estrangeiro, rebelião, associação, tráfico ilícito de armas de guerra, terrorismo e financiamento ao terrorismo", informou o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, na rede social X (antigo Twitter). O funcionário relatou que a audiência foi concluída com a revisão dos argumentos conclusivos pelo Ministério Público e pela defesa técnica.
Saab acrescentou que as outras nove pessoas foram condenadas a 21 anos de prisão pelos crimes de associação e conspiração com governo estrangeiro. O tribunal ordenou ainda o confisco de todos os bens apreendidos.
A chamada operação Gideão foi uma incursão marítima realizada em 3 de maio de 2020, partindo da Colômbia em direção à Venezuela, porém não teve sucesso devido à intervenção oportuna da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). Na madrugada desse dia, uma lancha chegou às costas do estado de La Guaira, na cidade de Macuto, a uma curta distância de Caracas.
As ações de contrainsurgência da Polícia Nacional Bolivariana, das Forças de Ações Especiais, do Serviço Bolivariano de Inteligência, da Direção de Contrainteligência Militar e da FANB, em particular a Marinha, conseguiram desativar a operação. Patrulhas e helicópteros com especialistas em combate noturno distribuíram-se pela costa em busca de uma segunda lancha.
Oito mercenários morreram, dois foram detidos e armas de alto calibre foram apreendidas, de acordo com as autoridades venezuelanas. Um dia depois, ocorreu uma segunda ação de desativação de outro grupo de mercenários, nas costas do estado de Aragua, na cidade de Chuao, uma área conectada através das montanhas com a capital do país. Lá oito membros foram detidos, incluindo dois americanos, Luke Denman e Aaron Berry, ex-oficiais das Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos.