De acordo com a agência estatal Xinhua, as manobras estão sendo realizadas ao norte, sul e leste de Taiwan, "além das áreas ao redor das ilhas de Kinmen, Matsu, Wuqiu e Dongyin", e devem durar até sexta-feira (24).
As manobras ocorrem três dias depois da posse do novo chefe da administração de Taiwan, Lai Ching-te.
Citando o porta-voz do comando militar, Li Xi, a agência de notícias chinesa declarou que os exercícios servem como "forte punição para os atos separatistas das forças de independência de Taiwan" e como "alerta severo" contra a interferência e provocação por parte de forças externas.
Ainda segundo a agência, os exercícios concentram-se na patrulha conjunta de prontidão para combate marítimo-aéreo, na apreensão conjunta do controle abrangente do campo de batalha e nos ataques de precisão conjuntos a alvos-chave.
Ele acrescentou que os exercícios envolvem ainda patrulha de embarcações e aviões e operações integradas dentro e fora da cadeia de ilhas para testar as capacidades conjuntas de combate real das forças do comando.
O Estado chinês vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os EUA.
Taiwan chama exercícios de provocação
O Ministério da Defesa de Taiwan declarou que os exercícios militares chineses em torno da ilha são uma provocação e atos que minam a paz e a estabilidade regionais.
"O Departamento de Defesa lamenta tais provocações e ações irracionais que minam a paz e a estabilidade regionais", diz o comunicado no site do departamento, que acrescentou que enviou forças navais, aéreas e terrestres como resposta.
As relações oficiais entre o governo central da China e a sua província insular foram interrompidas em 1949, depois que as forças do Kuomintang lideradas por Chiang Kai-shek, derrotadas na guerra civil com o Partido Comunista chinês, mudaram-se para Taiwan.
Os contatos comerciais e informais entre a ilha e a China continental foram retomados no final da década de 1980.