A matéria afirma que o advogado Sérgio Sant'Ana, diretor do Instituto Conservador-Liberal, criado com Bolsonaro para organizar eventos da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês) no Brasil, recebeu a quantia em 24 de janeiro, sob a justificativa de serviços genéricos de "consultoria jurídica".
Advogado de deputados federais pelo PL, como Adilson Barros, de São Paulo, e Gustavo Gayer, de Goiás, e do ex-deputado André Porciúncula, da Bahia, Sant'Ana defende casos sem relação com a vida partidária dos parlamentares.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe a utilização do fundo para pagamento de honorários advocatícios. A reportagem acrescenta que o partido utilizou a Fundação Alvaro Valle para bancar todos os ingressos da edição da CPAC de 2023, no valor de R$ 122 mil.
"Procurados, Sant'Ana e o PL não responderam aos questionamentos feitos […] sobre a natureza dos serviços prestados pelo advogado. Eduardo Bolsonaro e o Instituto Conservador-Liberal também foram procurados. Não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestações", alega a mídia.
Sérgio Sant'Ana foi assessor especial do Ministério da Educação na gestão de Abraham Weintraub e chegou até a ser cogitado para o cargo de ministro de Estado.
CPAC
Evento criado nos EUA por integrantes e simpatizantes do movimento conservador, a CPAC é realizada no Brasil desde 2019, pelo Instituto Conservador-Liberal. A sociedade individual de advocacia de Sérgio Sant'Ana, beneficiária do pagamento, foi criada em janeiro de 2022.