O conselheiro disse que a unidade visa aumentar sua capacidade de monitorar uma área onde a China construiu maior presença militar, e que a estação, a menos de 200 quilômetros de Taiwan, melhorará o monitoramento do estreito de Luzon, uma via navegável internacional vital ao sul da ilha.
O estreito, atravessado por vários sistemas de cabos, é uma zona de trânsito para navios que se deslocam entre o mar das Filipinas e o disputado mar do Sul da China.
Ano declarou que a área ao redor da cidade de Itbayat, nas ilhas Batanes, é palco de um aumento militar da força chinesa desde 2022.
"A resposta naval correspondente à China foi observada no estreito de Luzon", disse Ano, acrescentando que a presença frequente de navios de pesquisa chineses também sublinha a importância de "garantir a paz, a estabilidade e a liberdade de navegação ao longo do estreito", afirmou o conselheiro, citado pela Reuters.
Itbayat foi um dos locais de exercícios militares conjuntos das Filipinas e dos Estados Unidos, de 22 de abril a 10 de maio, nos quais participaram mais de 16 mil soldados de ambos os lados.
Em 2023, Manila quase duplicou o número das bases militares que as forças dos EUA podem acessar, incluindo três voltadas para Taiwan. Pequim disse que essas medidas estavam "alimentando o fogo" das tensões regionais.
O Estado chinês vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas já a afirma, mantendo laços com países ocidentais, principalmente os EUA.