"Fornecemos treinamento, armas e munições à Ucrânia, mas não participaremos diretamente […] em operações de combate nos céus da Ucrânia ou no solo. Não temos intenção de enviar forças terrestres da OTAN para a Ucrânia", disse ele à publicação britânica.
Stoltenberg também declarou que não sabe quando a Ucrânia se tornará parte da aliança. Tal como escreve a publicação, a perspectiva de a Ucrânia aderir à OTAN permanece "remota".
Ainda segundo o secretário-geral, é muito importante que os departamentos de defesa da Ucrânia cumpram os padrões da aliança: "Mesmo que tudo dê certo para a Ucrânia, ela poderá demorar muitos anos até se tornar membro da OTAN".
No início deste mês, ele anunciou que os exercícios nucleares táticos planejados pela Rússia eram uma medida imprudente e perigosa. O chefe da aliança militar disse acreditar que Moscou compreende as consequências de um conflito nuclear.
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, considerou perigosa a retórica da França e do Reino Unido sobre a possibilidade de enviar soldados para a Ucrânia.
O chefe do Comitê Militar da OTAN, o almirante Rob Bauer, disse em março que a questão da adesão da Ucrânia à aliança estava decidida, mas estavam em curso discussões sobre "quando isso acontecerá e o que será necessário para tal".
No final de setembro de 2022, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, anunciou que a Ucrânia estava se candidatando para aderir à OTAN de forma acelerada. Ao mesmo tempo, Stoltenberg acrescentou que a adesão plena da Ucrânia à aliança é impossível durante um conflito armado.
Moscou acredita que as entregas de armas à Ucrânia e o treinamento de seus militares impedem um acordo e envolvem diretamente os países da OTAN no conflito, "brincando com fogo". Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, notou que qualquer suprimento que contenha armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para o Kremlin.