A escassez de explosivos está impedindo a UE de aumentar a produção de projéteis para abastecer Kiev, escreveu no domingo (26) o jornal britânico The Economist.
"A Europa está desesperada para aumentar sua produção insignificante de projéteis de artilharia e mísseis [...]. Mas o maior gargalo é algo que até recentemente era a última coisa em que se pensava: a escassez de explosivos", escreve a mídia.
O The Economist indica que os produtores europeus de explosivos não têm certeza de que conseguirão aumentar a produção e temem que, devido à falta de produção de explosivos na UE, Kiev não consiga obter o número necessário de projéteis.
Entre os desafios enfrentados pelo setor de explosivos na Europa, a matéria cita a escassez de mão de obra qualificada, bem como de matérias-primas essenciais.
Com o fim da Guerra Fria, a demanda por armas caiu drasticamente, de modo que muitos produtores europeus de explosivos reduziram a produção ou fecharam as portas. No Reino Unido, por exemplo, a última fábrica de explosivos fechou em 2008, e o último grande produtor de TNT da UE está atualmente sediado no norte da Polônia, explica o jornal, acrescentando que não houve uma escala realmente industrial na produção de explosivos na Europa por muitas décadas.
Agora, a construção de uma fábrica de explosivos poderia levar de três a sete anos. A fábrica da Rheinmetall na Hungria é citada como um exemplo, e não deverá entrar em operação até 2027.