Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse na quinta-feira (30) que existe uma possibilidade teórica de "acelerar" a solução política da crise ucraniana.
Durante uma entrevista à Sputnik, o alto responsável respondeu "teoricamente, sim" a essa possibilidade.
"Isso requer que o Ocidente pare de bombear armas para a Ucrânia e que Kiev pare de lutar. Quanto mais cedo isso acontecer, mais cedo terá início um acordo político", apontou ele.
Além disso, indicou Lavrov, é difícil imaginar um diálogo sobre a paz dado o domínio do "partido da guerra" em Kiev.
"O 'partido da guerra' governa em Kiev e busca, pelo menos em palavras, derrotar a Rússia 'no campo de batalha'. Sob tais condições, é difícil imaginar um diálogo sobre a paz", disse.
O ministro referiu também que a Ucrânia tem uma proibição legal de efetuar negociações com a Rússia desde 30 de setembro de 2022.
"Quanto ao status legal de Vladimir Zelensky após 20 de maio, quando seu mandato como presidente da Ucrânia expirou, o presidente russo Vladimir Putin falou claramente sobre essa questão em uma coletiva de imprensa em Minsk em 24 de maio", lembrou o ministro russo.
"Esperemos que, mais cedo ou mais tarde, haja forças políticas na Ucrânia que se preocupem com os interesses do povo. Por enquanto, não há outra opção a não ser continuar a operação militar especial até que seus objetivos sejam alcançados", concluiu o chanceler russo.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, disse na sexta-feira (24), após as conversações russo-belarussas, que Moscou considera que a legitimidade de Vladimir Zelensky acabou.