Panorama internacional

Mídia: campanha paga por Israel criou contas falsas em redes sociais para angariar apoio dos EUA

Tel Aviv organizou e pagou por uma campanha de influência no ano passado visando legisladores dos Estados Unidos e a população norte-americana com mensagens pró-Israel, a fim de promover apoio às suas ações na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades envolvidas no assunto, citadas pelo The New York Times.
Sputnik
A campanha secreta foi encomendada pelo Ministério de Assuntos da Diáspora de Israel, um órgão governamental que conecta judeus de todo o mundo com o Estado de Israel, disseram quatro autoridades israelenses, ouvidas pelo jornal.
A pasta teria alocado cerca de US$ 2 milhões (R$ 10,59 milhões) para a operação e contratou a Stoic, uma empresa de marketing político em Tel Aviv para realizá-la.
A campanha supostamente se baseou em "centenas de contas falsas se passando por norte-americanos reais", que postaram conteúdo pró-Israel em diversas plataformas de mídia social, incluindo X (antigo Twitter), Facebook e Instagram (as duas últimas são plataformas proibidas na Rússia por extremismo).
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Ainda segundo a mídia, as contas falsas se concentraram especialmente em legisladores democratas negros, como o líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, e o senador Raphael Warnock, e fizeram publicações instando-os a continuar a financiar o esforço de guerra de Israel no enclave palestino.
O jornal também afirma que a campanha continua ativa no X e conta com conteúdo gerado pelo chatbot ChatGPT do OpenAI.
Na semana passada, tanto a Meta (as atividades da Meta são proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas) quanto o OpenAI divulgaram relatórios separados de avaliação de ameaças, dizendo que haviam reprimido operações secretas de influência dirigidas por Stoic.
Em seu relatório trimestral sobre ameaças, a Meta disse que removeu 510 contas, 11 páginas e um grupo no Facebook, juntamente com 32 contas do Instagram originárias de Israel por "comportamento inautêntico coordenado".
O relatório da Meta disse que a rede Stoic "comentou nas páginas do Facebook de organizações de mídia locais e internacionais e de figuras políticas e públicas, incluindo legisladores dos EUA. Seus comentários incluíam links para os sites da operação e muitas vezes recebiam respostas críticas de usuários autênticos, chamando-os de propaganda", escreve o jornal.
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No entanto, um ex-engenheiro da Meta processou a companhia em um tribunal estadual da Califórnia, alegando que a gigante de mídia social o demitiu por tentar consertar bugs que suprimiam postagens palestinas no Instagram, informou a Reuters na terça-feira (4).
Ferras Hamad, que é palestino-americano, alega que a empresa é tendenciosa no tratamento do conteúdo relacionado à guerra em Gaza.
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