Os Estados Unidos estão dispostos a conceder à Ucrânia um empréstimo de US$ 50 bilhões (R$ 264,48 bilhões) a partir da receita dos ativos russos congelados se a União Europeia estender as sanções contra a Rússia indefinidamente, informou nesta quarta-feira (5) o jornal britânico Financial Times (FT).
A proposta de Washington teria sido descrita em um documento a ser discutido em uma reunião virtual dos ministros das Finanças da UE hoje (5).
Os detalhes exatos do empréstimo, incluindo sua data de vencimento, taxa de juros, e se ele seria fornecido diretamente ou por meio de um intermediário, como o Banco Mundial, ainda não foram determinados.
"No entanto, qualquer mudança desse tipo no regime da UE exigiria a aprovação por líderes como o [premiê] húngaro Viktor Orbán, que tem protegido zelosamente seu direito de veto regular sobre as decisões de sanções", aponta o FT.
Conforme relatou anteriormente a mídia, os EUA estão pressionando os países do G7 a concederem empréstimos à Ucrânia com base em receitas futuras de ativos russos congelados no Ocidente, antes do possível retorno à Casa Branca de Donald Trump, que se manifestou contra o financiamento de Kiev.
O Conselho da UE já deu a aprovação final à decisão, que exige que 90% da receita recebida pelos depositários dos ativos russos imobilizados na UE sejam canalizadas para o orçamento da associação de ajuda militar à Ucrânia, bem como para os programas da UE para reconstruir a república pós-soviética. Os depositários poderão reter outros 10% para seus próprios riscos potenciais.