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Analista questiona se plano do Ocidente para confiscar ativos russos é 'brecha legal ou roubo'

© AP Photo / Martin MeissnerNota de100 rublos retratada na frente de uma nota de um dólar americano, em Gelsenkirchen, Alemanha, em 25 de abril de 2022
Nota de100 rublos retratada na frente de uma nota de um dólar americano, em Gelsenkirchen, Alemanha, em 25 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 23.05.2024
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Em recente entrevista à Sputnik, o analista de relações internacionais e segurança Mark Sleboda discutiu o controverso plano do Ocidente de utilizar os rendimentos acumulados sobre os ativos russos congelados para financiar a Ucrânia.
O analista Mark Sleboda explicou que os governos ocidentais, que têm enfrentado desafios legais na apreensão total dos ativos russos, decidiram utilizar os rendimentos gerados a partir destes ativos. Essa estratégia, segundo eles, os expõe a menos responsabilidade legal.
"A verdadeira diferença é o quanto eles acreditam que serão legalmente responsabilizados em tribunais estrangeiros pelo roubo disso", disse Sleboda, afirmando ainda que a principal preocupação é a vulnerabilidade em tribunais fora da Europa, como no Sudeste Asiático, onde a Rússia poderia apresentar pedidos de recuperação dos seus ativos.
Apesar disso, a Rússia está procurando vias legais para recuperar os seus ativos congelados. No entanto, Sleboda observou que os precedentes estabelecidos pelas ações passadas do Ocidente, como o congelamento de ativos iranianos, tornam essa batalha um desafio. "Alcançamos o nível de impunidade em que foi geralmente aceito através de precedentes [...] que o Ocidente tem o direito legal de congelar bens porque não se trata de apreensão", disse ele.

Consequências econômicas e políticas

As implicações mais amplas desta política são significativas. Sleboda enfatizou que a Rússia tem estado um tanto isolada economicamente devido à sua exposição limitada aos EUA e ao seu comércio de mercadorias com a Europa. No entanto, a apreensão de rendimentos e o potencial roubo total de ativos poderão agravar as tensões econômicas.
"Se o Ocidente roubar abertamente todos os seus ativos, então eles terão quase o equivalente [...] a US$ 200 bilhões, US$ 250 bilhões [cerca de R$ 1,03 trilhão, R$ 1,2 trilhão] em ativos ocidentais na Rússia que serão confiscados", alertou.
Da esquerda para a direita: o secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron; a ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoko Kamikawa, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock; e a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly. Os chanceleres participam de reunião no âmbito do G7 na ilha de Capri, em 18 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 22.05.2024
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Esta retaliação poderá perturbar gravemente as relações econômicas globais, especialmente quando países como a China e a Arábia Saudita observam essas ações e reconsideram a sua dependência dos sistemas financeiros ocidentais.
"A reação dos EUA [...] com essa guerra econômica existencial de apreensão de ativos e sanções [...] é um dos principais fatores que levaram a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos a recuar", observou Sleboda.

Implicações no campo de batalha e apoio ocidental

No terreno, na Ucrânia, a situação continua terrível, afirmou o analista que destacou que a infraestrutura de defesa da Ucrânia enfrentou reveses significativos, em parte devido à corrupção e à implementação ineficaz de fortificações.
"Muito deste dinheiro foi simplesmente pago para construir fortificações para empresas que nem sequer existem", disse ele.
Além disso, a estratégia de apoio militar ocidental enfrenta desafios logísticos e de produção. Os EUA e os seus aliados lutam para satisfazer a procura de mísseis interceptadores de defesa aérea, que são cruciais na defesa contra ataques de mísseis russos. Sleboda afirmou que os EUA produzem apenas 550 destes mísseis anualmente, um número insuficiente para apoiar tanto a Ucrânia como as suas próprias necessidades de defesa.
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