Kiselev fez o paralelo entre o BRICS e uma nova ordem mundial ao falar na sessão de especialistas, intitulada "O Papel do BRICS na Busca por Uma Nova Ordem Mundial" e organizada pelo Rossiya Segodnya e pela agência de notícias chinesa Xinhua nesta quinta-feira (6), durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês).
"A humanidade está, de fato, à beira da morte, porque o Ocidente se opõe à mudança na ordem mundial. Ele resiste militarmente. O confronto armado está atualmente acontecendo no território da Ucrânia, que anteriormente fazia parte da Rússia. Vejam só, há uma escalada militar descontrolad lá, à qual ninguém impede. Todos reconhecem que todas as linhas vermelhas foram deixadas para trás", analisou Kiselev.
O diretor-geral também pontuou que "a Rússia está se comportando de maneira reservada, mas está pronta para qualquer desenvolvimento dos acontecimentos. Paralelamente, no mundo se forma mais um sistema de organização da humanidade, e o grupo BRICS é um elemento-chave desta nova ordem mundial", afirmou.
A criação da nova ordem mundial só é possível porque a Rússia mantém o equilíbrio nuclear e consegue resistir ao impulso militar, acrescentou.
O diretor-geral do Rossiya Segodnya desejou sucesso aos participantes desta sessão, salientando que o seu objetivo é expressar ideias e iniciativas a serem discutidas na cúpula do BRICS que se realizará na cidade russa de Kazan, em outubro.
No dia 1º de janeiro, Moscou assumiu a presidência do BRICS, que era inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que recentemente passou a integrar Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
A presidência russa é exercida sob o lema do reforço da cooperação multilateral no interesse do desenvolvimento global justo e da segurança. O lado russo planeja organizar mais de 200 atividades políticas, econômicas e sociais no âmbito da sua presidência do BRICS.
A XXVII edição do SPIEF acontece entre os dias 5 e 8 de junho de 2024 na cidade de São Petersburgo. A agência de notícias Sputnik atua como parceira de informação deste fórum.