O filósofo descreveu o BRICS como "a unidade dos diferentes" e sublinhou que existem muitas contradições entre o mundo islâmico e a Índia, o modelo chinês e o islâmico, a Índia e a China, a África e o mundo islâmico, e que, a Rússia, como país ortodoxo, tem um sistema de valores diferente, mas todos esses países estão unidos pelo fato de estarem construindo civilizações com base em valores tradicionais.
"Quando falamos do BRICS, estamos nos referindo a um modelo multipolar completamente novo, em que não existe Ocidente. Por enquanto está fora do jogo porque insiste que não existem culturas ou civilizações, existe apenas uma civilização ocidental, e é o único. É por isso que os países do grupo se opõem a essa hegemonia, a essa abordagem colonial racista", disse Dugin em uma das sessões dos especialistas no fórum, que ocorreu nesta quinta-feira (6).
Além disso, o filósofo expressou que os Estados-membros do BRICS não impõem sua cultura uns aos outros e respeitam os valores dos Estados associados.
"O Ocidente nos impõe valores não convencionais, valores antitradicionais, e acredita que os mesmos devem ser os únicos", concluiu Dugin.
No âmbito do evento, também nesta quinta-feira (6), Dmitry Kiselev, o diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya — do qual a Sputnik faz parte — disse que um novo sistema de organização da humanidade está se formando no mundo, e o BRICS é o elemento-chave dessa nova ordem mundial.