Panorama internacional

Posição da China sobre armas nucleares pode afetar acordo dos EUA com Rússia, diz Casa Branca

Nesta sexta-feira (7), o diretor sênior de Controle de Armas e Não Proliferação do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Pranay Vaddi, comentou o Tratado Novo START e as perspectivas para que Washington e Moscou sentem à mesa para negociar o acordo, que expira em 2026.
Sputnik
As mudanças que a China está atualmente fazendo em seu arsenal nuclear impactarão o teor e a capacidade dos Estados Unidos de fecharem um novo acordo de controle de armas com a Rússia, disse Vaddi.

"No que se refere à China, espero que eles estejam dispostos a se envolver novamente em nossa consulta sobre o processo de controle de armas em breve, sabendo que seu comportamento, as mudanças que eles [China] estão fazendo, impactarão nossa capacidade e o teor do acordo que podemos fechar com a Rússia", afirmou o diretor durante uma reunião anual da Associação de Controle de Armas (ACA, na sigla em inglês).

Ao mesmo tempo, Vaddi declarou que Washington continuará a ajustar sua postura nuclear enquanto Rússia, China e Coreia do Norte permanecerem "desenvolvendo arsenais atômicos".

"[…] mas sem uma mudança na trajetória da Rússia, da República Popular da China e da Coreia do Norte, os Estados Unidos terão de continuar a ajustar a sua postura e as suas capacidades para garantir a sua força de dissuasão e cumprir outros objetivos no futuro."

O diretor também disse que "os Estados Unidos estão agora adotando uma abordagem mais competitiva ao controle e à não proliferação de armas nucleares, em meio a um ambiente internacional alterado".
Panorama internacional
Moscou: contramedidas dos EUA para Tratado Novo START não são uma surpresa
Vaddi acrescentou que o governo Biden receberia "com satisfação" um acompanhamento da Rússia à sua proposta de realizar uma reunião para discutir o Tratado Novo START — Tratado de Redução de Armas Estratégicas.

"A Federação da Rússia recusou-se a falar conosco. Ainda estamos abertos a essa discussão, mas receberíamos com satisfação um seguimento da Federação da Rússia se eles estiverem dispostos a falar sobre isso agora", afirmou Vaddi à Sputnik. "Quero deixar claro que, do ponto de vista dos EUA, estaremos preparados para que essa discussão aconteça [antes que o tratado expire] em 6 de fevereiro de 2026. Espero que a Rússia esteja pronta para se envolver antes disso", concluiu o diretor.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (7), em declarações no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês), que sobre bombas atômicas, a Rússia não ameaça ninguém com tais armas, conforme noticiado.
Em janeiro, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que Moscou não vê possibilidade de um diálogo estratégico com Washington neste momento sobre o assunto: "O Ocidente deve pôr fim à sua retórica anti-Rússia para criar a possibilidade de tais diálogos", disse Lavrov na época.
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