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Brasil critica incursão israelense à Esplanada das Mesquitas: 'Atos inflamatórios e provocativos'

O governo brasileiro lançou uma nota neste sábado (8) em que anuncia ter tomado "conhecimento, com preocupação", de nova incursão do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, acompanhado de milhares de manifestantes, à Esplanada das Mesquitas ("Haram-El-Sharif"), na semana passada.
Sputnik
O evento marcou a “Marcha das Bandeiras”, evento que celebrou o aniversário de 57 anos da ocupação de Jerusalém Oriental por Israel.
"O governo brasileiro lamenta que, em meio à tragédia humanitária na Faixa de Gaza, ainda haja disposição de segmentos extremistas da sociedade israelense para praticar atos inflamatórios e provocativos, que contribuem apenas para afastar ainda mais as perspectivas de paz na região", diz a nota.
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Segundo o Itamaraty o status quo histórico da Esplanada das Mesquitas (“Haram-El-Sharif”) e à custódia haxemita dos sítios sagrados islâmicos e cristãos de Jerusalém Oriental devem ser respeitados. O local também é conhecido como Monte do Templo e centro Mesquita de Al-Aqsa.
Ao concluir a declaração, o governo do Brasil reafirmou o compromisso com a solução de dois Estados, com um "Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital".
Na quinta-feira (5), Ben-Gvir discursou para milhares de colonos durante a marcha anual para marcar a ocupação da cidade por Israel em 1967. A comunidade internacional não a reconhece como capital de Israel.
A Palestina busca o reconhecimento de seu Estado independente em territórios na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e na Faixa de Gazaterritórios ocupados por Israel desde 1967, na Guerra dos Seis Dias.
Israel se recusa a reconhecer o Estado palestino como uma entidade diplomática independente, ao contrário de 136 dos 193 países membros da ONU, inclusive a Rússia e o Brasil.
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