Panorama internacional

Uso dos ativos da Rússia mina sistema monetário global, adverte FMI

Em declarações à Sputnik, uma representante do Fundo Monetário Internacional alertou que é necessário haver uma "justificativa legal suficiente" para tal ação.
Sputnik
O Fundo Monetário Internacional (FMI) deixou claro para o Ocidente que o uso dos ativos soberanos congelados da Rússia para apoiar a Ucrânia ameaça minar o sistema monetário global, disse na quinta-feira (6) a diretora de comunicações da instituição, Julie Kozack.
"Sinalizamos nossa posição de forma clara e aberta. Para o FMI, qualquer ação deve ter justificativa legal suficiente para que não prejudique o funcionamento do sistema monetário internacional", declarou Julie Kozack quando perguntada pela Sputnik se o fundo transmitiu suas preocupações sobre a questão aos membros do G7, que devem tomar uma decisão conjunta sobre o uso dos ativos russos em uma próxima cúpula na Itália em junho.
Kozack acrescentou que o FMI mantém sua posição anterior sobre a questão, e que ela mesmo a descreveu diversas vezes.
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A UE e os países do G7 congelaram quase metade das reservas de moeda estrangeira da Rússia, no valor de cerca de € 300 bilhões (R$ 1,73 trilhão), depois que a Rússia lançou uma operação especial na Ucrânia. Mais de € 200 bilhões (R$ 1,15 trilhão) são mantidos na UE, principalmente nas contas da Euroclear belga, um dos maiores sistemas de liquidação e compensação do mundo.
Os países ocidentais têm discutido o uso de lucros dos ativos russos para entrega à Ucrânia, uma intenção que tem sido condenada tanto por Moscou como vários especialistas internacionais como minando a fiabilidade do sistema financeiro internacional. Alguns empresários russos, como Konstantin Malofeev em 2023, já tiveram o valor de seus ativos confiscados para entrega a Kiev.
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