Operação militar especial russa

Caças Mirage da França não ajudarão muito a Ucrânia, diz mídia

Um analista do Instituto Real de Serviços Unidos do Reino Unido disse não ver esses aviões como os melhores para a Ucrânia tendo em conta as capacidades de defesa antiaérea da Rússia.
Sputnik
Vladimir Zelensky espera que os caças Mirage prometidos pela França possam mudar o curso do conflito com a Rússia, mas eles não são os mais adequados para o combate nas condições atuais, de acordo com um analista entrevistado pelo portal Business Insider.
Emmanuel Macron, presidente francês, anunciou na quinta-feira (6) que a França entregará vários caças Mirage 2000-5 à Ucrânia e treinará um total de 4.500 soldados ucranianos em um programa que começará neste verão europeu e deverá durar cerca de seis meses.
Justin Bronk, especialista em aviação e tecnologia do Instituto Real de Serviços Unidos (RUSI, na sigla em inglês) britânico, avaliou em um artigo divulgado no sábado (8) que o Mirage não é adequado para a situação atual da Ucrânia, pois sua eficácia seria limitada principalmente pelo sistema de mísseis ar-ar MICA, que têm um alcance muito menor do que as variantes do AIM-120 AMRAAM que Kiev poderia usar com os F-16 dos EUA que também espera receber.
Operação militar especial russa
Mercenários estrangeiros admitem que não ajudarão Kiev a conter as tropas russas, relata mídia
Atualmente, no entanto, até mesmo os AMRAAM provaram ser uma ferramenta inadequada para lidar com a Rússia, já que os poderosos sistemas de defesa terra-ar de Moscou forçam as aeronaves ucranianas a voar em baixas altitudes, limitando sua eficácia, nota Bronk.
O especialista também diz que o número de pilotos ucranianos que podem ser rapidamente treinados para operar e manter um sistema tão complexo quanto um caça a jato é, na verdade, muito limitado.
Bronk conclui que a razão para fornecer uma aeronave que é menos eficaz do que o F-16 para as necessidades da Ucrânia, e menos adequada em todos os sentidos do que o Gripen da Suécia, "parece um pouco estranha".
Comentar