No dia 31 de maio, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que Israel ofereceu ao Hamas uma nova proposta de três fases para chegar a um acordo sobre um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns no conflito de Gaza.
"Israel ofereceu uma nova proposta abrangente. É um roteiro para um cessar-fogo duradouro e a libertação de todos os reféns", disse Biden durante conferência de imprensa. "A proposta foi transmitida pelo Catar ao Hamas e tem três fases."
Segundo Biden, a primeira fase duraria seis semanas e incluiria um cessar-fogo temporário, a retirada total das forças israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza e a libertação de vários reféns de ambos os lados.
A segunda fase, disse Biden, seria o fim permanente de todas as hostilidades no conflito, que poderia incluir a libertação de todos os reféns restantes e a retirada total das forças israelenses de Gaza, se as garantias de segurança de Israel forem atendidas.
A terceira fase seria o início de um grande plano de reconstrução para o enclave, disse Biden, que também incluiria a ajuda de parceiros internacionais.
A resolução adotada nesta segunda-feira (10) dá boas-vindas à proposta anunciada por Biden e pede ao Hamas que a aceite. Ela teve 14 votos a favor e uma abstenção, da Rússia.
Netanyahu enfrente crise interna
Em meio à crescente pressão internacional pelo fim dos bombardeios na Faixa de Gaza, o partido de Benny Gantz, membro do gabinete de guerra e aliado do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou na quinta-feira (30) um pedido para dissolver o Parlamento do país.
Com isso, a sigla quer convocar eleições antecipadas, o que pode retirar Netanyahu do poder.
O premiê enfrenta uma onda de protestos em Israel e questionamentos da população sobre o fracasso nas negociações com o Hamas para o resgate dos reféns mantidos em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023.