O presidente russo Vladimir Putin, fez ontem (14) mais uma proposta para resolver o conflito ucraniano, sinalizando que Moscou está pronta para negociar um acordo de paz se o regime de Kiev sair de Donbass (as repúblicas de Donetsk e Lugansk) e das regiões de Kherson e Zaporozhie, que se juntaram à Rússia em resultado de referendos, e renunciar à sua intenção de aderir à OTAN.
"Acho que [o presidente dos EUA, Joe] Biden vai resistir", disse Maloof. "Eles já investiram muito nisso, e acabaram de concordar com uma nova tranche de dinheiro e armas para a Ucrânia. É como se eles não tivessem realmente visto qual é a realidade no terreno. E, [digo] de novo, tudo isso é ideológico. Isso é que é tão patético. A realidade escapou-lhes. E eles não percebem isso", acrescentou ele.
O ex-analista do Pentágono sugeriu que a resistência às propostas de paz da Rússia permanecerá até haver uma mudança nas lideranças dos EUA e da Ucrânia.
Ao contrário da chamada "fórmula de paz" de Zelensky, a proposta de Putin reflete a realidade no terreno, de acordo com o especialista militar. É claro que as regiões que aderiram à Rússia no ano passado estão bastante satisfeitas com a escolha que fizeram e estão dispostas a continuar o desenvolvimento na sua nova capacidade, observou ele.
No contexto da proposta da Rússia, a cúpula para a paz na Ucrânia programada na Suíça para 15 e 16 de junho não parece relevante devido à sua abordagem irrealista unilateral da crise, de acordo com o ex-analista do Pentágono.
O especialista militar não vê "nada de realista saindo" da conferência suíça, que provavelmente verá Zelensky se exibindo e seus parceiros ocidentais se comprometendo com mais fundos para o esforço militar do regime de Kiev.
"Acho que Putin se deteve em Carcóvia simplesmente porque quer dar à Ucrânia uma chance de atuar de forma sensata. E se isso não acontecer, posso enxergar que haverá uma expansão adicional das tropas russas para preencher todo o Donbass e, finalmente, talvez até mesmo ir para Odessa", sugeriu Maloof.
De acordo com o analista, os políticos ucranianos, especialmente no parlamento ucraniano, a Suprema Rada, "precisam tomar alguma iniciativa e tentar apelar pela paz, pelo que resta".
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