Panorama internacional

FDI anunciam pausas em combates na Faixa de Gaza e desagradam governo Netanyahu

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu (3º D), o presidente Isaac Herzog (2º D) e a primeira-dama Michal Herzog (D) participam de uma cerimônia que marca o Dia Nacional da Memória dos soldados mortos nas guerras de Israel e vítimas de ataques no cemitério militar do Monte Herzl, em Jerusalém, em 13 de maio de 2024
Neste domingo (16), as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram a implementação de uma "pausa tática da atividade militar" diária ao longo de uma estrada importante no sul da Faixa de Gaza, a fim de permitir maior entrega de ajuda humanitária.
Sputnik
A pausa deverá ocorrer entre 08h00 e 19h00 (horário local), todos os dias, ao longo de uma estrada que vai da fronteira de Kerem Shalom com Israel até a estrada Salah ad-Din, na periferia leste de Rafah, e depois ao norte, em direção à área de Khan Yunis, relata o The Times of Israel.
As FDI disseram que a pausa foi implementada pela primeira vez nesse sábado (15).
No entanto, os militares afirmaram em um comunicado separado "que não há suspensão dos combates no sul da Faixa de Gaza e que os combates em Rafah continuam".
Contudo, mesmo assim, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu contactou o seu secretário militar e "deixou claro que isso não é aceitável para ele", disse uma fonte diplomática à mídia.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse que quem decidiu tal política é um "tolo que não deveria continuar em sua posição": "Infelizmente, esta medida não foi apresentada ao gabinete [de Segurança Nacional] e é contrária às suas decisões [...]", afirmou o ministro, citado pelo jornal.

"Após um inquérito, o primeiro-ministro foi informado de que não houve mudança na política das FDI e que os combates em Rafah continuam conforme planeado", acrescentou a fonte diplomática.

À medida que a situação humanitária no enclave palestino se deteriora, com mais de 38 mil mortos e condições de fome que atingiram níveis imensuráveis, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), Israel enfrentou uma pressão internacional crescente para acelerar a transferência de abastecimentos para o enclave.
Soldado israelense aguarda a visita de autoridades dos EUA perto da cidade costeira de Ashkelon. Israel, 30 de outubro de 2012
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Resposta à proposta de cessar-fogo em Gaza é 'consistente', diz Hamas

A resposta do Hamas à última proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza é consistente com os princípios apresentados no plano do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse o líder do grupo baseado no Catar, Ismail Haniyeh, em um discurso televisionado neste domingo (16).

"O Hamas e os grupos [palestinos] estão prontos para um acordo abrangente que implique um cessar-fogo, a retirada da faixa, a reconstrução do que foi destruído e um acordo de troca abrangente", disse Haniyeh, referindo-se à troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos segundo a Reuters.

Em 31 de maio, Biden apresentou o que chamou de proposta israelense "em três fases" que incluiria negociações para um cessar-fogo permanente, bem como trocas faseadas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos detidos em Israel.
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O Egito e o Catar afirmaram em 11 de junho terem recebido uma resposta dos grupos palestinos ao plano dos EUA, sem dar mais detalhes.
Embora Tel Aviv tenha dito que o Hamas rejeitou elementos-chave do plano dos EUA, um importante líder do Hamas disse à Reuters que as mudanças solicitadas pelo grupo "não eram significativas".
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