Panorama internacional

Após não atingir objetivo, Ucrânia admite querer convidar Rússia para próxima cúpula da paz

Kiev pode convidar Moscou para a próxima reunião com parceiros internacionais destinada a elaborar uma fórmula para futuros diálogos de paz, disse o chefe de gabinete de Vladimir Zelensky.
Sputnik
O principal conselheiro de Zelensky, Andrei Yermak, levantou a possibilidade enquanto os grupos de trabalho preparam os detalhes para uma reunião de acompanhamento após a cúpula da semana passada na Suíça, escreve a Bloomberg.

"Todas estas partes farão parte deste plano conjunto, que será apoiado por vários países […]. Achamos que será possível convidar um representante da Rússia", afirmou Yermak em uma teleconferência na noite de terça-feira (18), segundo a mídia.

A cúpula, ocorrida em 15 a 16 de junho na Suíça, contou com a participação de mais de 100 nações e organizações, mas ficou aquém do objetivo ucraniano de construir um apoio mundial mais amplo, principalmente entre os países do Sul Global, ressalta a agência.
Muitos não assinaram o texto final, incluindo o Brasil, ao argumentarem que "os dois atores do conflito" deveriam estar no evento.
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Ainda assim, Yermak descreveu a reunião como um sucesso, mesmo sem ter a presença da China, sublinha a Bloomberg, apesar dos apelos de Zelensky.
O conselheiro também afirmou que a "segunda cúpula será mais representativa", acrescentando que pretende chegar a um acordo sobre algumas decisões para acabar com o conflito e resolver as crises que a acompanham.
Em maio, China e Brasil apresentaram um plano de paz que envolve a participação de ambas as partes para resolução do conflito.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, estabeleceu os termos para diálogos de paz na véspera da cúpula suíça, exigindo que a Ucrânia primeiro abdicasse dos territórios originários russos, ou seja, as regiões de Kherson e Zaporozhie e as repúblicas de Donetsk e Lugansk, bem como renunciasse à sua ambição de aderir à OTAN, conforme noticiado.
A Rússia já declarou não ser contra as negociações pela paz, mas mesmo que fosse convidada, não participaria da cúpula ocorrida neste mês porque não considera Berna um ator neutro, uma vez que o país se uniu ao esforço unilateral ocidental nas sanções contra o Estado russo, descredibilizando seu papel como mediador do conflito.
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