A OTAN está preocupada com o apoio que a Rússia poderia dar aos programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, declarou na terça-feira (18) o secretário-geral da aliança.
Jens Stoltenberg acusou a China, Coreia do Norte e o Irã de estarem apoiando a operação especial da Rússia na Ucrânia.
"É claro que também estamos preocupados com o possível apoio que a Rússia oferece à Coreia do Norte no que diz respeito ao apoio a seus programas nucleares e de mísseis", disse ele em uma entrevista coletiva, após conversar com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.
Mesmo sem provas, Stoltenberg declarou que isso significa que os desafios de Kiev estão ligados à Ásia, e que por isso a cúpula da OTAN no próximo mês em Washington verá um maior reforço das parcerias da aliança com a Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Japão, e ameaçou com "consequências" para a China caso seu atual curso de boas relações com a Rússia em meio à operação militar especial continue.
Stoltenberg clarificou que era muito cedo para dizer quais seriam essas consequências, "mas essa deve ser uma questão que precisamos abordar, porque continuar como estamos fazendo hoje não é viável".
Putin, em uma visita de Estado para conversações com o líder norte-coreano Kim Jong-un, prometeu aprofundar os laços comerciais e de segurança e apoiar Pyongyang em meio à pressão ocidental.
Os EUA acusam sem provas a Coreia do Norte de fornecer armas para uso na Ucrânia.