Panorama internacional

Após compra de obuseiros, Azerbaijão critica França e diz que ação foi 'golpe à relação com Armênia'

Obuseiro autopropulsado Caesar
A Armênia e o Azerbaijão, que tentam trabalhar em prol de um tratado de paz após três décadas de conflito, trocaram novas farpas nesta quarta-feira (20), depois que a França se comprometeu a fornecer novas armas a Yerevan.
Sputnik
Os dois países do Cáucaso procuraram nos últimos meses fazer progressos em um tratado, incluindo a demarcação de fronteiras, com a Armênia concordando em entregar ao Azerbaijão quatro aldeias fronteiriças contestadas.
Na terça-feira (18), o ministro da Defesa francês, Sebastien Lecornu, anunciou que Paris vendeu obuseiros autopropulsados ​​​​Caesar à Armênia, conforme noticiado, gerando fortes críticas do Azerbaijão.

"Não consideramos eficaz a política da França em relação ao sul do Cáucaso. É uma política prejudicial. Isso é um golpe na regulação das relações entre o Azerbaijão e a Armênia", disse Hikmet Hajiyev, um importante conselheiro de política externa do presidente do Azerbaijão, Iham Aliyev, à imprensa azerbaijana.

De acordo com a Reuters, o Ministério das Relações Exteriores armênio respondeu que era "direito soberano de cada Estado manter forças armadas com capacidade de combate equipadas com recursos militares modernos".
Em resposta, a chancelaria azerbaijana disse que as medidas da Armênia eram "ilegítimas e representam uma ameaça para o Azerbaijão".
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A França tem uma grande diáspora armênia e é tradicionalmente um dos mais fortes apoiadores europeus de Yerevan. O país é formalmente aliado da Rússia, mas nos últimos anos tem se voltado diplomática e militarmente para o Ocidente.
As concessões territoriais da Armênia – e a perda de Nagorno-Karabakh – provocaram uma onda de protestos recentes com exigências à demissão do primeiro-ministro Nikol Pashinyan.
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