O líder do partido britânico Reform UK, sugeriu em uma entrevista de sexta-feira (21) à emissora britânica BBC que o Ocidente "provocou" o conflito ucraniano ao expandir a União Europeia e a OTAN para o leste.
De acordo com Nigel Farage, a expansão das potências ocidentais deu à Rússia um "motivo" para lançar a operação militar especial.
Suas declarações provocaram uma onda de críticas no Reino Unido. James Cleverly, ministro do Interior britânico, denunciou em sua conta na X que Farage está "ecoando a justificativa vil de [presidente russo Vladimir] Putin".
George Robertson, ex-secretário-geral da OTAN, respondeu que "dizer que provocamos a Rússia é como dizer que se você comprar um alarme contra roubo, de alguma forma você provoca os ladrões".
"Isso o torna inadequado para qualquer cargo político em nosso país, muito menos para liderar um partido sério no Parlamento", comentou no X, por sua vez, John Healey, secretário de Defesa do Reino Unido.
Putin expressou em mais de uma ocasião preocupação com a expansão da OTAN e a presença de contingentes militares ocidentais perto da fronteira russa.
Já em 2021, o presidente russo lamentou que a OTAN não tenha cumprido sua promessa de não se expandir em direção às fronteiras de seu país.
"Nos tempos soviéticos, [ao então chefe de Estado soviético Mikhail] Gorbachev] foi prometido, verbalmente, mas ainda assim, que não haveria expansão da OTAN para o leste. E onde estão essas promessas?", questionou ele na época.